Lembra de, na infância – claro, para aqueles que nasceram em 80 e foram crianças em 90 – ter ouvido falar de uma banda cujo o cantor tocava guitarra com um bastão de violino? Eu falo na infância, pois, enquanto esperávamos o Castelo Ratimbum ou o X, ou o Doug começar na TV Cultura, muitas vezes um programa musical podia estar passando e foi lá que ouvi falar, pela primeira vez, de Sigur Rós.
Apenas no ano de 2010 é que tive a nostalgia de, em uma comunidade do Orkut chamada “Masoquistas Musicais”, me deparar com a banda que, pra mim, já não passava mais de que um sonho de menino.
Sim, Sigur Rós é uma banda para aqueles de coração partido. Suas músicas não exigem sua voz, – a não ser que você fale islandês – seus aplausos, seus isqueiros acesos; nada além de um bom e jovem coração doente por paz, a paz que você nem sabia que buscava, pela paz dos acordes de Hoppipolla, Glosóli ou Ára bátur.
Esse filme mostra uma turnê gratuita que a banda fez, após a turnê mundial do álbum Takk, pelo seu país, a Islândia. Podemos conhecer um Sigur Rós caseiro, brincalhão, mas também mais profundo, preocupado com seus ‘irmãos’: Heima, nome do documentário, significa lar em islandês.
Descobrimos o nada que existe na Islândia e temos inveja dele. Desejamos que, também, pudéssemos ter nada, ser nada, nada além de música, uma xícara de algo quente para uma barriga cheia, um bom vento e algumas pipas. Àqueles que não precisam ‘decodificar’ o que escutam para entender, uma boa opção é ouvir essa banda que foi precursora do estilo que consagrou bandas como Radiohead.
muitos pulsos já foram cortados e posteriormente cicatrizados com o trabalho dessa banda, que sorte a nossa.
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