outubro 20, 2011

White Limo - Foo Fighters

E eu que pensei em abandonar o blog, volto, por um motivo quase nada importante, mas de registro necessário, sendo este o primeiro ano da segunda década do século XXI. Algo me chamou a atenção no clipe de White Limo, dos Foo Fighters – (música que faz parte de um CD que, a princípio, não parecia merecer honrosos e exagerados comentários.

Depois de passados dez anos da virada do século (e termos sido ameaçados por mais de dezenas de finais-de-mundo, cientificamente previstos e confirmados), década na qual vimos a moda, a música, as artes plásticas e literárias enfatizar suas produções em pastiches, paródias e releituras do passado. Para ser mais exato (excluindo a literatura que possui um tempo diferente) os anos 70 e 90 do século passado foram-nos escancarados na TV, nos cinemas, nas exibições de arte e nas boates e bares.

Vimos de tudo, a moda do sem-sutiã e da calça-boca-de-sino, o retorno do vinil, releituras cinematográficas de quadrinhos, o renascimento de John, Paul, George e Ringo, de Michael Jackson e Madona, de Mamonas Assassinas e RPM – RPM, diga-se de passagem, mais de uma vez.

O que particularmente me chamou atenção no clipe de White Limo (e na música em si) é um retorno ao passado, mas não aos heavy metals ou rumbas, porém, ao grunge dos anos 90.

A estética do clipe também pertence dessa década. Os patins, o walkman e a fita cassete, a limosine, shorts curtíssimos, botas country e maconha, todos são elementos diegéticos constituintes do clipe que remontam tal época (sem contar a explosão manjadérrima do final...).


Zoons rápidos, falhas na captação da luz, hora e data na filmagem (famosíssimas, graças as vídeo cassetadas do Faustão) e grande quantidade de montagens em takes curtos, entre outros recursos de filmagem.

White Limo não é a primeira produção artística-cultural a resgatar alguma característica dos anos 90, porém é a que mais se expôs assim. Gostei do clipe, gosto Ca da vez mais do CD.

Um comentário:

  1. não se avexe não baião de dois, deixe de manhã, deixe de manhã... esse clipe tenta despertar os desejos mais profundos nos seres humanos mais vulneráveis

    ResponderExcluir